quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Escuridão


É bom não poder me ver nesse reflexo.
Nesse quarto escuro só o monitor me encara, sério, sem novidades. Cursor ansioso. Pisca, Pisca, Pisca, Pisca...Não ajuda em nada. Cada espaço em branco apaga uma memória minha.
Dou meu terceiro trago no meu último cigarro barato. Tusso. Bebo. Já perdi a conta das das doses. É Uísque vagabundo, aguado. Calor dos infernos.
Relógio, 02:17h.
Olhei a janela há cinco minutos. Não tinha lua. Podia jurar a tinha visto há dois minutos.
Mas ainda há estrelas.
Insight, vou escrever! Olhei o cursor, droga!
1, 2, 3, 4, 5...Ele continua piscando.
Virei pra janela, vi uma estrela linda. Pisquei. Escuro. Eu podia jurar que havia uma estrela alí.
1, 2, 3, 4, 5...Juro que as estrelas estão se apagando. É o fim, fechemos nossos olhos e entreguemo-nos à escuridão. Agora é tarde.

Acho que eu bebi demais.

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