Era com a voz desgastada que ele falava de Amor.
Falhou.
Ouvia-se muito pouco do que dizia, sequer era compreendido.
Era cansado, sonolento e com dor nas costas que ele dizia "eu te amo", de braços (cansados) quase abertos, quase como quem esmola poder dar. Tinha algo a oferecer, embora todos dissessem que não.
Era de voz cansada e com joelhos doloridos que falava desse seu estranho amor, o paradoxo pouco pedinte que de tudo precisa. Enquanto vivia de Amor, refletia essa sua estranheza e quando falava, só fazia apresentar, em grego, suas razões à periferias semi-analfabetas.
Rememora! Rememora o Amor que sentes e anamneticamente apenas sinta e seja, seja como sentes, simplesmente estranho assim, pois já se cansa, pára e precocemente envelhece o mundo, abarrotado de racionalismos enrijecentes.