sábado, 25 de dezembro de 2010

Seguro?

"Assim, se um homem se entrega de inteira seriedade ao amor, pode dizer que fez um bom seguro, se é que alguma vez chega a ser aceite como segurado, já que material tão inflamável como uma mulher há-de dar sempre que pensar a qualquer seguradora." - Constantin Constantius

(Kierkegaard, Soren. In Vino Veritas, p. 91 - Ed. Antígona)

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Fé e Razão


Há um certo fanatismo a respeito da Razão. Da Fé também. São maiúsculos mesmo, não se assuste! Pra mim, são indivíduos numa guerra que não lhes pertence.
            E quem foi que determinou que os dois trilhariam o mesmo caminho?
            Ter uma vida de Fé não quer dizer viver pensando nela e compreendê-la. Aliás, o apóstolo nos aconselha a abandonar a Razão no que tange à vida na Fé. Veja: “Pois vivemos por fé e não pelo que nos é possível ver.”
            Ora, agir baseado no que se vê é justamente a coisa mais racional a se fazer. Andar por um caminho é cuidar com os buracos, galhos, curvas, desfiladeiros e desvios. Isso só se faz por meio da visão. Agora, fechar os olhos e se permitir guiar por algo que já, naturalmente, não se vê!? Esse é o ponto da Fé.
            Essa discussão é um tanto paradoxal. Afinal, não há como negar que os dois devem conviver dentro de nós, mas, daí a dizer que Devem andar juntos? Não acredito que trilhem o mesmo caminho.
            A Razão, por sua vez, abrange tudo aquilo que diz respeito à vida cotidiana. Pensar logo de manhã em comprar pão ou comer o de forma, tomar café ou leite, sair da cama ou não, se vale a pena trabalhar, se vale a pena viver ou se perguntar o que Jesus ou Sócrates (os mais radicais podem pensar Nietzsche sem constrangimento) fariam naquele instante, abrangem o uso da razão.
            Bem, na Fé Deus é o criador da Razão. Eis o porque de tomarem caminhos distintos: pra quem tem Fé a Razão é obra do Divino no homem e pra quem crê (sim, não é a mesma coisa que Fé) na Razão “pura”, não há necessidade da Fé. Ponto. Não há qualquer discussão plausível aqui.
            A Razão é o guia característico racional do homem. Nossos mais superficiais instintos de sobrevivencia recorrem a ele.
            A Fé é a manifestação da certeza irracional gerada de dentro pra fora pelo Espírito Santo no indivíduo que reconhece sua necessidade de relacionar-se com o Criador.
            A razão preserva a vida pelo instinto de sobrevivência.
            A Fé faz-nos ver que estamos mortos e move-nos à busca da ressurreição.
            Só.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Exercício.

O que me falta, meus caros (e poucos) leitores, é o exercício intelectual. Estou em processo, aguardem...

sábado, 4 de setembro de 2010

De repente, olhei no espelho e tentei ver um outro eu...

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

O mais lindo nome - em "Os Miseráveis".

Ó Vós que sois!

O Eclesiástico vos chama de Onipotência; os Macabeus, de Criador; a Epístola aos Efésios, de Liberdade; Baruc, de Imensidade; os Salmos, de Sabedoria e Verdade; João, de Luz; os Reis, vos chamam de Senhor; o Êxodo, de Providência; o Levítico, de Santidade; Esdras, de Justiça; a criação vos chama de Deus; o homem, de Pai; mas Salomão diz que sois Misericórdia, e é este o mais belo de todos os vossos nomes.
(Victor Hugo)

Descaradamente copiado de www.ricardogondim.com.br

Não pude conter-me, é grandioso demais! 

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O Maior destes.

"Sendo assim, permanecem até o momento: a fé, a esperança e o amor. Contudo, o maior deles é o amor" (ICo.13:13)

Fui surpreendido por um pensamento sobre esse texto e gostaria de compartilhar. Não sou o dono da verdade, sou apenas um homem problematizado.
Nós estamos sempre muito dispostos a defender a nossa fé. Falamos da nossa fé, expomos a nossa fé, condenamos em nome da nossa fé, contrangemos e ferimos em nome da nossa fé.
Pela nossa fé, condenamos qualquer pessoa que vá contra qualquer coisa com a qual discordamos, acusamos de pecadores e "destinados ao inferno" aqueles que não são cristãos. Estes que são pecadores porque são "do mundo".
Somos muito prontos a entrar numa discussão ideológica sobre fé.
E destruímos corações, ofendemos pessoas e manchamos o nome daquele que nos chamou.
O que me surpreende no texto é uma afirmação sobre a qual nunca me dei conta: "Permanecem a fé, a esperança e o amor.[...]Contudo o maior deles é o amor." Acima da esperança, acima da fé. Amor.
Isso quer dizer que quando não temos esperança, quando estamos tristes, indispostos e etc, temos que amar, quando estamos desanimados, quando achamos que vamos morrer, temos que amar.
E a coisa fica tensa.
Acima da fé, está o amor.
Então, antes de condenar temos que acolher, Antes de "mandar pro inferno" temos que apresentar e estar dispostos a guiar pelo caminho. Com amor, sem falso-moralismo, sem grosseria ou imposição de idéias. Pelo Espírito Santo, não por força nem violência.

O Paradoxo é que ésse amor é gerado pela Fé em Cristo. A autência e verdadeira!

Abraço Forte!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Graça.

            "Certa vez de repente vi o significado da forma da cruz; algum dia de repente poderei ver o significado na forma da mitra. Certa manhã livre entendi por que as janelas são pontiagudas; uma bela manhã poderei ver por que os padres são tonsurados. Platão lhe disse uma verdade; mas Platão está morto. Shakespeare o assustou com uma imagem; mas Shakespeare não o assustará mais. Mas imagine o que seria conviver com esses homens, saber que Platão poderia aparecer amanhã com uma aula original, ou que Shakespeare a qualquer momento poderia estilhaçar tudo com uma única canção. Quem vive em contato com o que acredita ser uma igreja viva é alguém que sempre espera encontrar-se com Platão e Shakespeare no café da manhã. É alguém que sempre espera descobrir uma verdade nunca vista antes."
                                                                ( Chesterton, Gilbert Keith. Ortodoxia. p. 153,154 - Editora Mundo Cristão)

terça-feira, 18 de maio de 2010

A virtude dos escritos.

A maior virtude dos livros é a de nos possibilitar que discordemos deles.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Sobre o Juízo

          Chego à plena conclusão de que há uma dificuldade, quem sabe uma total ignorância, sobre a essência do pecado e sobre a essência divina, pois a verdade, a lei da graça, que é a liberdade, é absolutamente contra a culpa pregando a purificação mediante o sangue de Cristo e a total e plena confiança em seu Amor.
          A essência não é o juízo de DEUS sobre todo aquele que não reconhece seu terrível senhorio, mas que DEUS nos amou e apresenta o caminho da plenitude do homem Nele, é sobre a revelação de que fomos criados por Ele e feitos Dele pra Ele.  Não acredito que as palavras de Cristo ou dos apóstolos sejam odiosas e acusadoras mas amáveis e demonstrativas. O juízo apresentado não é condenação de um deus cruel, mas fim da linha de um caminho escolhido em vida, ausência divina.
Fiquem em todos nós as palavras do ap. João de que DEUS é amor e que nós amamos porque ele nos amou primeiro.